De acordo com o artigo 205 da Constituição federal a educação é um direito de todos, “dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Mas muitos professores ainda se perguntam: Como trabalhar a inclusão em sala?
Vale lembrar que a recusa de matrículas para portadores de deficiência acarreta multa para a instituição de ensino.
A inclusão não foi e não é tarefa fácil, já que o dito “normal” é confrontado com as diferenças reais da deficiência.
Escolas, empresas e sociedade ainda estão se adaptando para atender este público, seja nos acessos ou no respeito aos seus direitos.
O aumento de matrículas por pessoas com deficiência nas escolas revelou que o mercado de trabalho vem assumindo sua responsabilidade social, ou pelo menos sendo pressionado a isto.
O importante é que deficientes e não deficientes já dividem o ambiente escolar.
Quem já lecionou em turmas assim, sabe que os alunos não direcionam suas ações e pensamentos para a deficiência do colega, mas na verdade, acabam tornando-se parceiros e colaboradores das dificuldades.
O número de alunos com algum tipo de deficiência, que ocuparam as salas de aulas brasileiras com não deficientes em 2014, chegou aos 698.768.
Mas como trabalhar a inclusão em sala é ainda um desafio para o professor? E logo surge a principal dúvida:
Devemos tratar diferente?
Se estamos falando em inclusão, com certeza a resposta é não!
Assim como os demais alunos é preciso conhecer quem ele é e sua real condição.
Porém existem pontos que devemos considerar para o bem de todos.
Por isso fique atento a estas dicas para evitar transtorno de qualquer ordem tanto para você, professor, quanto para o aluno.
Atitudes essenciais para lidar com a inclusão:
1 – Conheça, leia e estude sobre a deficiência do aluno, isto vai melhorar e muito a integração de forma geral.
2 – Mesmo com o segundo professor, é preciso que haja interação direta entre o professor de sala e o portador de deficiência.
3 – Estimule integração com os outros alunos.
4 – Tenha percepção do melhor lugar (carteira) para este aluno em classe, desde que ele concorde com isto, nem sempre o aluno gosta de ficar nas primeiras carteiras.
5 – Interaja com o segundo professor e com os pais para diagnosticar quais as melhores formas de aplicar o conteúdo para este aluno (casos específicos).
6 – Trabalhe e crie um ambiente de respeito em sala de aula, apontando que todos são diferentes, mas que boa convivência está exatamente nisto.
7 – Trabalhe todas as capacidades possíveis do aluno com deficiência, mesmo que para isso seja feito, seja necessário algum tipo de adaptação, seja no ambiente ou no planejamento escolar.
A escola deve estar preocupada com a inclusão do aluno, verificando seu comportamento fora da sala de aula, em espaços alternativos como o pátio ou em passeios de pesquisa.